Na sequência do XV Congresso da Sociedade Portuguesa de Artroscopia e Traumatologia Desportiva (SPAT), em conjunto com o nosso parceiro Stryker, aproveitámos o quórum para realizar um Simposium dedicado à cirurgia conservadora da anca por via artroscópica: “Hip Arthroscopy: What else?”. A acção científica contou com a moderação do especialista Dr. Pedro Simas e opinião dos ilustres cirurgiões: Dr. Eurico Monteiro; Dr. Fernando Leal; Dr. João Sarmento Esteves e Dr. Sérgio Gonçalves.
O Dr. David Maia Pinto, participante e um dos fundadores da página Anca e Bacia, é da opinião de que este tipo de eventos tem uma grande importância para a comunidade de profissionais de saúde na medida em que “a partilha da experiência prática de equipas com grande volume na cirurgia artroscópica, caminho percorrido, dificuldades técnicas e soluções. Basicamente, como tornar a artroscopia da anca cada vez mais reprodutível”.
Em concordância, o palestrante Dr. Fernando Leal, ortopedista no Hospital Luz Arrábida, refere que “este género de debate proporciona um ambiente informal, no qual se vão discutindo aspetos muito práticos e técnicos, com base na experiência pessoal de cada um, sendo uma mais-valia para os cirurgiões que ainda estão a percorrer a sua curva de aprendizagem”, fazendo um balanço “claramente positivo” do simposium.
“De um ponto de vista pessoal, senti-me honrado pelo convite e por poder partilhar a mesa com colegas e amigos de inegável valor na área da cirurgia artroscópica da anca. Estre modelo de discussão, pelo seu dinamismo e caráter mais informal, cria um excelente fórum para a partilha de opiniões e ideias que nos enriquecem a todos”, expressou.
Relativamente às melhorias necessárias no panorama português das cirurgias ortopédicas, o Dr. Fernando Leal é da opinião de que na última década, em Portugal, se deu um salto na área da artroscopia.
“O mercado expandiu-se e surgiram soluções técnicas que, aliadas a uma maior disponibilidade de ferramentas de treino – skill labs e cursos em cadáver, fomentaram o desenvolvimento técnico das artroscopias, nas várias articulações. Seria interessante pensarmos que Portugal poderia ter um ou dois centros de treino artroscópico que permitissem que os cirurgiões treinassem as técnicas de uma forma mais regular”, concluiu.